ÓPERA
MARI
ELLE
DE JORGE ANTUNES
25, 26 e 27 de julho
Entrada Franca
Uma homenagem poderosa à história e à voz de Marielle Franco, pela música e pela arte.
A ópera Marielle, dividida em quatro atos, narra a trajetória de luta, amor e resistência da protagonista, ambientada em contextos sociais e políticos do Rio de Janeiro.
Uma Abertura orquestral (9 minutos) prenuncia musicalmente situações, temas musicais e momentos marcantes da história que se desenrolará nos quatro atos.
No primeiro ato (45 minutos), o cenário é uma favela dividida entre barracos e uma sala de aula comunitária. As conversas abordam a violência policial, com relatos de Maria, cadeirante vítima de bala perdida, e a educação como ferramenta de resistência, simbolizada nas aulas de Física do Professor Alcimar, que usa a Terceira Lei de Newton para discutir ação e reação social. Marielle, grávida, critica a opressão estrutural e expressa esperança por um futuro melhor para sua filha, enquanto Mônica reforça a importância da união coletiva.
No segundo ato (29 minutos), o cenário migra para um apartamento na Tijuca, decorado com símbolos de resistência LGBTQ+ e figuras como Frida Kahlo e Ângela Davis. Marielle e Mônica trocam alianças, planejando um casamento que simboliza afeto contra a homofobia. Em paralelo, reúnem-se aliados para organizar a candidatura de Marielle à vereança, discutindo estratégias políticas e alianças. Rui, mudo e sobrevivente da ditadura, realiza uma performance de mímica sobre tortura, conectando passado e presente. A cena é interrompida por interferências na TV, com vozes homofóbicas, reforçando a opressão externa.
O terceiro ato (18 minutos) divide-se entre um teatro de sombras (à esquerda) e a Assembleia Legislativa (à direita). Marielle, já vereadora, denuncia a intervenção militar no Rio, destacando seu impacto racista, enquanto enfrenta interrupções de colegas conservadores. Ela responde com firmeza: “Não dou aparte a milicianos!”. Simultaneamente, uma dupla de funk debate machismo e resistência, ecoando as palavras de Marielle (“Ser mulher é resistir”). O teatro de sombras ilustra corrupção e violência, contrastando com a luta institucional da protagonista.
No quarto ato (36 minutos), a ação ocorre na Casa das Pretas e no apartamento da Tijuca. Um sarau com poemas de Luiz Gama (“Em nós, até a cor é um defeito”) destaca o racismo estrutural, enquanto projeções e cenas simbólicas retratam o assassinato de Marielle (tiros, explosões) e sua transformação em ícone da resistência. Mônica, Maria, Professor Alcimar e Paulão lamentam sua morte, mas prometem continuar a luta, regando o “jardim” com lágrimas para que “novas Marielles” floresçam. O coro final repete o lema “Não conseguirão matar a primavera”, enquanto uma voz eletrônica (“Estamos de olho; à espreita!”) encerra a obra, lembrando a necessidade de vigilância constante contra a opressão.
A ópera mescla realidade e simbolismo, homenageando Marielle Franco e explorando temas como resistência negra, LGBTQIAPN+, violência de Estado e esperança coletiva, deixando um chamado à persistência na luta por justiça.
Programação
25
julho
SESC CEILÂNDIA
19h
26
julho
SESC CEILÂNDIA
19h
27
julho
SESC CEILÂNDIA
15:30h
19h
Elenco
Jorge Antunes
Começou seus estudos musicais em 1958 e em 1960 ingressou na Escola Nacional de Música da Universidade do Brasil (atual UFRJ), onde se formou em violino, composição e regência. Em 1961 se destacou como precursor, no Brasil, da música eletrônica, ao mesmo tempo em...
Jorge Lisbôa Antunes
Nascido em Brasília, formou-se em violino pela Escola de Música...
Deyvison Miranda
Brasiliense, bacharel em piano pela Universidade de Brasília e...
Chico Expedito
Francisco Expedito Lopes Solon é ator, diretor, professor e...
Maria Carmen
Maria Carmen Alves Pereira de Souza é cenógrafa e figurinista há...
Ana Luisa Quintas
Bacharel em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília. Trabalha...
Anibal Alexandre
Bacharel em Artes Visuais pela Universidade de Brasília, em 2011....
Gustavo Weiss Freccia
Barítono, participou de montagens de ópera, com destaque a Venus...
Lidia Dallet
Tem de 10 anos de atuação no cenário cultural brasileiro. Lidia...
Tom Costa
Cantor, compositor, performer, arte-educador e dançarino. Seu...
Vitória Nascimento
Vitória Nascimento Menchaca, brasiliense, 12 anos. Sempre mostrou...
Valdirene Lima
Valdirene Lima nasceu no Maranhão, na cidade de Coelho Neto. Vive...
Wladimir Barros
Paulistano radicado há mais de 45 anos em Brasília, é músico...
Orquestra ARS Hodierna
Sidnei da Costa Maia
Bacharel em flauta pela Universidade de Brasília, onde...
Fernando Henrique Machado
Graduado em Licenciatura em Música e Bacharelado em...
Diogo Alves de Freitas Brito
Iniciou seus estudos musicais em 1996 na Escola de...
Brenda Holanda Silva Araújo
Natural de Belém do Pará, iniciou seus estudos musicais...
Coro
Dançarinos
Agradecimentos
- Escola de Música de Brasília
- Casa da Cultura Brasília
- Associação dos Docentes da Universidade de Brasília
- Revista Concerto (Clássicos Editorial)
- Correio Braziliense
- Profa. Janette Dornellas
- Prof. Davson de Souza
- Profa. Joana Limongi
- Prof. Nelson Rubens Kunze
- Prof. João Marcos Coelho
- Dr. Jonas Corrêa

